O Ministério Público Eleitoral pediu à Justiça abertura de processo contra o candidato a deputado federal Ney Santos (PSC) para apurar se ele cometeu o crime eleitoral de compra de votos. A denúncia foi encaminhada ao juiz da 1ª Zona Eleitoral, Aloísio Sérgio Rezende Silveira. Segundo o MP, o candidato teria oferecido vale-combustível em troca de votos ao participar de um churrasco, no dia 12, em creche conveniada à Prefeitura de São Paulo. O local fica a 900 metros de um posto de combustível do candidato.
Em uma análise preliminar, o magistrado decidiu receber a denúncia e abriu prazo de 10 dias para apresentação de defesa. Depois, o juiz decidirá se aceita ou rejeita a denúncia. Se aceitar, o candidato responderá a um processo criminal.
A pena prevista em lei para quem dá ou promete vantagem em troca de votos é de multa e até quatro anos de prisão. O candidato não foi localizado para comentar a denúncia. Cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Histórico – Ney Santos teve a prisão temporária decretada em 17 de setembro, por suspeita de ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele obteve um salvo conduto da Justiça paulista e segue em liberdade. Pesam contra o candidato denúncias de estelionato, lavagem de dinheiro e adulteração de combustível.
Na semana passada, a Polícia Civil lacrou 13 postos de gasolina na capital e na Grande São Paulo de propriedade de Ney Santos.
O candidato esteve preso de 2003 a 2006, por roubo. Desde que saiu da prisão, Ney Santos acumulou um patrimônio de mais de R$ 100 milhões. Após as primeiras denúncias, ele teve todos os seus bens bloqueados por ordem da Justiça, inclusive uma Ferrari avaliada em R$ 1,4 milhão.
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