terça-feira, 28 de setembro de 2010

Empresas acusadas de fraude continuam fornecendo merenda para escolas de SP

Empresas acusadas de fraude pelo Ministério Público (MP) ainda fornecem merenda às escolas públicas de São Paulo. No ano passado, o MP e a Secretaria Estadual da Fazenda realizaram a "Operação Pratos Limpos".

De acordo com a denúncia, as empresas combinavam resultados e pagavam propina para vencer as licitações. Ainda segundo com a Promotoria, os fornecedores também distribuíam comida de baixa qualidade e em pouca quantidade.
Trinta prefeituras em todo o Estado estão sendo investigadas. O caso mais grave ocorre na capital paulista, onde os fornecedores de merenda são acusados de superfaturar cerca de R$ 200 milhões por ano, desde 2007.

O promotor Arthur Lemos Junior afirma que mesmo com a denúncia a prefeitura conseguiu manter alguns contratos com as empresas acusadas. “Nós entramos com uma ação civil pública pleiteando à Justiça a cessação desses contratos, mas no entanto o juiz que recebeu a ação entendeu que cabia a administração pública prosseguir ou não a vigência nesse contrato”, disse.

Lemos Jr. disse ainda que as investigações continuam com o objetivo de identificar outras pessoas envolvidas no esquema. As investigações “referem-se à apreensão de documentos encontrados em residências de diretores dessas empresas e a análise dessa documentação é que ainda está em andamento”, explicou.

O promotor afirma ainda que foi solicitado foi à Polícia Civil de São Paulo que nos autos dos inquéritos policiais sejam feitos interrogatórios de todos os empresários envolvidos e alguns funcionários públicos.

Em nota, a prefeitura de São Paulo afirma que nunca houve mecanismos legais para impedir que as empresas acusadas participassem da licitação. A administração municipal alega ainda que o MP foi procurado e informou que não podia emitir documentos contra os fornecedores já que há época eles ainda estavam sob investigação.

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